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O Jihad no Islam

WhatsApp Image 2021 05 23 at 15.55.51 Alfityanu Siddiq Brasil - Sheikh Mahi CisseO jihad é um princípio muito importante no Islã; mas não da maneira que é conhecido pelos inimigos da religião. Já se perguntou então quais são os fundamentos do jihad no Islam?

O Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) ficou treze anos em Meca sem ter a autorização de se defender.

Assim, a primeira causa do jihad é se defender: “e combatei unanimemente os idólatras, tal como vos combatem.” (9:36).

A segunda consiste em reparar uma injustiça. Portanto, todos os países ditos civilizados se incluem nesta dinâmica de resposta e de defesa contra essa desordem – se ela for interna – sem que sejam acusados de terroristas: “Combatei-os até terminar a intriga, e prevalecer totalmente a religião de Allah.” (8:39).

A terceira consiste em defender os lugares de culto: “E se Allah não tivesse refreado os instintos malignos de uns em relação aos outros, teriam sido destruídos mosteiros, igrejas, sinagogas e mesquitas, onde o nome de Allah é frequentemente celebrado.” (22:40); não somente o dos muçulmanos, pois neste versículo as mesquitas são evocadas em último lugar, depois das igrejas, das sinagogas… E esse princípio é ilustrado por Abu Bakr al-Siddiq (que Allah esteja satisfeito com ele), dando suas instruções de guerra a uma expedição. Ele lhes disse basicamente: não matem as crianças, não matem as mulheres, não cortem árvores, não matem os animais a não ser que seja para se alimentar, não matem os sacerdotes abrigados em seus lugares de culto. Todos esses são poupados pelo jihad islâmico.

A quarta consiste em defender os oprimidos: “E o que vos impede de combater pela causa de Allah e dos indefesos, homens, mulheres e crianças? Que dizem: Ó Senhor nosso, tira-nos desta cidade, cujos habitantes são opressores. Designa-nos, de Tua parte, um protetor e um socorredor!” (4:75). ‘Abdullah Ibn ‘Abbâs afirma que esse versículo foi revelado pelo seu direito (dele e de sua mãe). Todas as condições se opõem diametralmente às definições que as mídias dão hoje ao jihad no Islam.

O jihad busca assim defender o Islam, sua autenticidade, defender os oprimidos, a reparar uma injustiça, a preservar a paz: “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela…” (8:62). Apesar da importância do jihad, o Islam não para de convocar para a paz. O Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) disse: “Ó gente! Que não aconteça de que encontrem o inimigo e peçam mais a Allah que preserve vocês. Mas se o encontrarem, sejam pacientes e saibam que o Paraíso se encontra na sombra dos sabres.” (Bukhâri e Muslim). Contudo, todos os países que professam a civilização, os direitos humanos, a democracia, têm soldados bem preparados para a guerra. Assim, a presença de um exército não é sinônimo de terrorismo. Isto é o que afirma o Sheikh Ibrahim Niasse (que Allah esteja satisfeito com ele) quando disse:

Apesar de minha fraqueza, minha velhice, continuo corajoso

Para sustentar uma religião que não se gaba da guerra

Pois o Profeta al-Hashimi (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) nunca combateu voluntariamente

Se não fosse para se defender dos inimigos e reparar uma injustiça[1]

No mais, Allah (glorificado e exaltado seja) disse: “Os fiéis combatem pela causa de Allah; os incrédulos, ao contrário, combatem pela do sedutor.” (4:76). O jihad não pode ser pela causa de Allah (glorificado e exaltado seja) ao menos que esteja de acordo com os ensinamentos do Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele.). Combater para pilhar os bens dos outros, demonstrar  força contra os inocentes etc. não caracterizará uma guerra santa, mas uma guerra levada pela causa de Shaytan.

Levando em conta todos esses parâmetros, convém se atentar que o jihad no Islam não poderia ser um feito individual ou de uma minoria, mas deve obedecer a condições bem definidas. Assim, aqueles que professam o Islam e entram em tais práticas não refletem senão a própria imagem e não aquela do Islam. Isso não pode ser um pretexto para procurar manchar a imagem do Islam, todos sabendo que é uma religião de paz. É dito no Alcorão: “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela…” (8:62).

O Islam chama o muçulmano para viver com os outros em paz: “É possível que Allah restabeleça a cordialidade entre vós e os vossos inimigos (60:7); “Allah nada vos proíbe, quanto àqueles que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Allah aprecia os equitativos.” (60:8).

Além disso, o jihad no Islam não é sempre armado. É possível se fazer jihad pelo seu ter, pelo seu saber e mesmo contra suas próprias paixões. Pois no Alcorão a exortação ao jihad: “não dês ouvido aos incrédulos; mas combate-os vigorosamente, com este (o Alcorão)” (25:52) precede a revelação do versículo autorizando o Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) a se defender.

Enfim, todo país atacado deve se defender. Mas todo indivíduo, todo muçulmano que em nome do jihad ataca os inocentes, ou se sujeita ao suicídio ou ao homicídio, mancha igualmente a imagem do Islam. Por outro lado, o muçulmano deve servir a humanidade, lutar contra suas paixões, instruir e educar seus filhos e os outros se possível, em vez de doar a práticas que até então não servem para nada no Islã.

Sheikh Muhammad al-Mahi ‘Ali Cisse

Traduzido ao francês por: Papa Alioune Gueye (professor de francês no Liceu de Matam)

Traduzido ao português por: Ya’qûb ‘Abd al-Jabbâr Ghîmârâish (al-Brâzîli al-Tijâni)

Fonte: https://midafalfityanou.wordpress.com/cheikh-mahi-aliou-cisse/bibiographie/

[1] “Sayr al-Qalb”, Harf Jîm

O Jihad no Islam

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O jihad é um princípio muito importante no Islã; mas não da maneira que é conhecido pelos inimigos da religião. Já se perguntou então quais são os fundamentos do jihad no Islam?

O Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) ficou treze anos em Meca sem ter a autorização de se defender.

Assim, a primeira causa do jihad é se defender: “e combatei unanimemente os idólatras, tal como vos combatem.” (9:36).

A segunda consiste em reparar uma injustiça. Portanto, todos os países ditos civilizados se incluem nesta dinâmica de resposta e de defesa contra essa desordem – se ela for interna – sem que sejam acusados de terroristas: “Combatei-os até terminar a intriga, e prevalecer totalmente a religião de Allah.” (8:39).

A terceira consiste em defender os lugares de culto: “E se Allah não tivesse refreado os instintos malignos de uns em relação aos outros, teriam sido destruídos mosteiros, igrejas, sinagogas e mesquitas, onde o nome de Allah é frequentemente celebrado.” (22:40); não somente o dos muçulmanos, pois neste versículo as mesquitas são evocadas em último lugar, depois das igrejas, das sinagogas… E esse princípio é ilustrado por Abu Bakr al-Siddiq (que Allah esteja satisfeito com ele), dando suas instruções de guerra a uma expedição. Ele lhes disse basicamente: não matem as crianças, não matem as mulheres, não cortem árvores, não matem os animais a não ser que seja para se alimentar, não matem os sacerdotes abrigados em seus lugares de culto. Todos esses são poupados pelo jihad islâmico.

A quarta consiste em defender os oprimidos: “E o que vos impede de combater pela causa de Allah e dos indefesos, homens, mulheres e crianças? Que dizem: Ó Senhor nosso, tira-nos desta cidade, cujos habitantes são opressores. Designa-nos, de Tua parte, um protetor e um socorredor!” (4:75). ‘Abdullah Ibn ‘Abbâs afirma que esse versículo foi revelado pelo seu direito (dele e de sua mãe). Todas as condições se opõem diametralmente às definições que as mídias dão hoje ao jihad no Islam.

O jihad busca assim defender o Islam, sua autenticidade, defender os oprimidos, a reparar uma injustiça, a preservar a paz: “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela…” (8:62). Apesar da importância do jihad, o Islam não para de convocar para a paz. O Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) disse: “Ó gente! Que não aconteça de que encontrem o inimigo e peçam mais a Allah que preserve vocês. Mas se o encontrarem, sejam pacientes e saibam que o Paraíso se encontra na sombra dos sabres.” (Bukhâri e Muslim). Contudo, todos os países que professam a civilização, os direitos humanos, a democracia, têm soldados bem preparados para a guerra. Assim, a presença de um exército não é sinônimo de terrorismo. Isto é o que afirma o Sheikh Ibrahim Niasse (que Allah esteja satisfeito com ele) quando disse:

Apesar de minha fraqueza, minha velhice, continuo corajoso

Para sustentar uma religião que não se gaba da guerra

Pois o Profeta al-Hashimi (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) nunca combateu voluntariamente

Se não fosse para se defender dos inimigos e reparar uma injustiça[1]

No mais, Allah (glorificado e exaltado seja) disse: “Os fiéis combatem pela causa de Allah; os incrédulos, ao contrário, combatem pela do sedutor.” (4:76). O jihad não pode ser pela causa de Allah (glorificado e exaltado seja) ao menos que esteja de acordo com os ensinamentos do Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele.). Combater para pilhar os bens dos outros, demonstrar  força contra os inocentes etc. não caracterizará uma guerra santa, mas uma guerra levada pela causa de Shaytan.

Levando em conta todos esses parâmetros, convém se atentar que o jihad no Islam não poderia ser um feito individual ou de uma minoria, mas deve obedecer a condições bem definidas. Assim, aqueles que professam o Islam e entram em tais práticas não refletem senão a própria imagem e não aquela do Islam. Isso não pode ser um pretexto para procurar manchar a imagem do Islam, todos sabendo que é uma religião de paz. É dito no Alcorão: “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela…” (8:62).

O Islam chama o muçulmano para viver com os outros em paz: “É possível que Allah restabeleça a cordialidade entre vós e os vossos inimigos (60:7); “Allah nada vos proíbe, quanto àqueles que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Allah aprecia os equitativos.” (60:8).

Além disso, o jihad no Islam não é sempre armado. É possível se fazer jihad pelo seu ter, pelo seu saber e mesmo contra suas próprias paixões. Pois no Alcorão a exortação ao jihad: “não dês ouvido aos incrédulos; mas combate-os vigorosamente, com este (o Alcorão)” (25:52) precede a revelação do versículo autorizando o Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah estejam sobre ele) a se defender.

Enfim, todo país atacado deve se defender. Mas todo indivíduo, todo muçulmano que em nome do jihad ataca os inocentes, ou se sujeita ao suicídio ou ao homicídio, mancha igualmente a imagem do Islam. Por outro lado, o muçulmano deve servir a humanidade, lutar contra suas paixões, instruir e educar seus filhos e os outros se possível, em vez de doar a práticas que até então não servem para nada no Islã.

Sheikh Muhammad al-Mahi ‘Ali Cisse

Traduzido ao francês por: Papa Alioune Gueye (professor de francês no Liceu de Matam)

Traduzido ao português por: Ya’qûb ‘Abd al-Jabbâr Ghîmârâish (al-Brâzîli al-Tijâni)

Fonte: https://midafalfityanou.wordpress.com/cheikh-mahi-aliou-cisse/bibiographie/

[1] “Sayr al-Qalb”, Harf Jîm

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